O Brasil ocupa o primeiro lugar entre os maiores produtores de café do mundo. Em 2019, por exemplo, a produção brasileira deste grão totalizou 49,31 milhões de sacas, sendo 34,3 milhões de sacas de café arábica e 15 milhões de sacas colhidas do robusta.
Mas, apesar desse sucesso mundial, produzir café no Brasil é bastante desafiador. O clima, por vezes, não colabora, o consumidor exige cada vez mais qualidade e sustentabilidade e o mercado raramente paga valores esperados.
Para contornar esses problemas e ganhar em produtividade e lucratividade, cada detalhe pode fazer a diferença. Assim, cuidados com os manejos (plantio, controle de pragas e colheita) e as questões financeiras são importantes para que o produtor alcance seus objetivos.
Por isso, ter uma gestão completa da lavoura de café será imprescindível. Veja então 7 dicas para tornar sua gestão mais eficiente do seu cafezal.
1. Invista no bom planejamento
Em qualquer atividade agrícola, o planejamento é uma necessidade comum para quem busca atingir seu sucesso, tanto produtivo quanto econômico. Os mesmos cuidados devem acontecer no planejamento do café, desde a implantação até a venda.
Assim, antes de iniciar todo o processo de implantação/plantio do café, é fundamental conhecer detalhadamente toda a área, tais como dados de condições climáticas, análise de solo, produtividade, disponibilidade de irrigação, condição do meio ambiente da região, entre outros.
Durante a implantação também vale conhecer o mercado, para assim saber qual explorar (commodity, orgânico e cafés especiais).
Com todos os dados em mãos é possível montar um cronograma das atividades, aumentando a eficiência e possibilitando que melhores resultados sejam alcançados. Um software eficiente pode ser um excelente aliado nesta etapa.
2. Priorize uma boa implantação do café
A implantação da lavoura de café caracteriza-se como um dos pilares da cafeicultura. Essa é uma cultura permanente, assim, uma vez estabelecida, possíveis correções serão muito mais difíceis.
A implantação do café envolve uma série de aspectos, no qual pequenos detalhes são extremamente importantes. Na maioria dos casos, as falhas cometidas refletirão por toda a vida útil da cultura, influenciando a sua longevidade, a qualidade do produto, a produtividade, os custos de produção e, por consequência, a rentabilidade da atividade.
Dessa forma, para não errar no processo de implantação é preciso:
- Realizar as correções necessárias, sempre baseadas na análise de solo da área;
- Preparar o solo e realizar o plantio, baseado no tipo de colheita a ser realizado (mecânica ou manual), pois isso irá determinar o espaçamento da lavoura;
- Realizar corretamente a adubação para café no sulco/cova;
- Escolher cultivares de café resistentes à ferrugem, evitando gastos com o controle dessa doença;
- Tenha atenção total aos treinamentos da mão de obra.
3. Esteja atento à época de maior demanda do cafezal
O desenvolvimento do cafezal percorre algumas etapas para que esteja pronto para a colheita.
Dentre essas etapas cita-se a florada, granação e maturação dos frutos e senescência. Mas dentre essas etapas a época de maior demanda, por energia e por nutrientes, é durante a fase reprodutiva do café. Será nesta fase que o cafeeiro está frutificando e produzindo folhas, ramos e raízes responsáveis por nutrir os frutos da safra seguinte.
Assim, a dose aplicada deve atender toda a demanda do cafeeiro nessa etapa e ser embasada na análise de solo, análise foliar, além da expectativa de produção agrícola. Portanto, todo o cuidado nessa etapa será necessário!
4. Total atenção com doenças, insetos e plantas daninhas
Assim como qualquer cultura, a atividade cafeeira também está sujeita à infestação de pragas. Há uma grande diversidade destas pragas nas lavouras de café, composta por insetos, ácaros, cochonilhas, fungos, bactérias, entre outros. Há também as plantas daninhas que podem competir com a planta de café por nutrientes, solo e luz.
Para evitar que estas pragas reduzam a produtividade, devemos quantificar os danos causados por cada praga, além de conhecer os métodos de controle para realiza-los da forma mais sustentável possível. Vale optar pelo Manejo Integrado de Pragas (MIP) e Manejo Integrado de Doenças (MID).
Estas formas de manejo consistem no ato de identificar e quantificar as pragas e as doenças que podem ocorrer na lavoura de café, além de combinar métodos e estratégias de controle, como cultural, biológico, físico, legislativo, mecânico e químico, para evitar o dano econômico.
5. Cuidados na colheita: da preparação da área até o momento da colheita
Assim como a implantação, a colheita é uma das etapas mais importantes do cultivo do café, falhas nessa etapa tendem a contribuir negativamente com maiores ganhos em produtividade.
Por isso, tudo cuidado para que a colheita seja a melhor possível é necessário. Estes cuidados devem se iniciar ainda no plantio.
A dica nesse sentido é realizar o plantio de cada talhão pensando na colheita futura. Isso permitirá planejar melhor a colheita, evitando problemas logísticos e melhorando a qualidade do grão.
Outra questão importante é buscar a máxima eficiência do processo de colheita, ou seja, todos os frutos devem ser retirados do pé, fazendo repasse quando necessário, além de varrição dos frutos caídos no solo.
Estes procedimentos são fundamentais para reduzir as perdas e diminuir níveis de infestação de broca na safra seguinte, permitindo melhor controle dessa praga.
6. Adote bons sistemas de gestão do café
Para que a gestão da produção do café seja facilitada, a adoção de bons sistemas de gestão do café é fundamental. Com esse tipo de sistema, produtores e técnicos podem tomar as melhores decisões sobre o manejo das lavouras de forma rápida, eficiente e simples.
Com esses sistemas o acompanhamento da produção será bastante facilitado, permitindo que os produtores possam acompanhar ano a ano as despesas e receitas de sua lavoura, permitindo exato controle sobre as ações que precisam ser tomadas, como adubações, capinas, aplicação de corretivos e entre outros.
7. Gestão do café: saiba como e quando vender!
Um levantamento realizado pela CNA no ano de 2018 indicou que mais de 60% dos cafeicultores optam por vender o café no momento da colheita ou armazenam para vender no mercado físico.
Ao fazer isso, muitos produtores correm o risco de perder dinheiro caso o preço pago pelo café na época da colheita estiver em baixa. Para minimizar esse risco, a venda no mercado futuro pode ser uma excelente opção.
Como o preço é fixado antecipadamente, o produtor já sabe exatamente quanto vai receber pelo seu produto, independentemente das alterações no mercado dessa commodity.
A dica, nesse sentido, é fazer a venda futura para a maior parte da produção de café, mas vale a pena guardar uma parcela para vender no mercado físico, para ocorrências de alta no mercado.
Nesse processo de venda, ter um software de gestão agrícola também se configura como essencial, dando respaldo às tomadas de decisão para conseguir a melhor venda.
Conclusões
Através das 7 dicas aqui apresentadas, observamos ser imprescindível investir em uma gestão de qualidade. Isso irá aumentar as chances de sucesso da lavoura de café, permitindo alcançar melhores resultados, tanto produtivos quanto em lucratividade.
Por isso, investir em planejamento é fundamental. Devemos priorizar todos os cuidados com a lavoura, desde a implantação do café até a eficiência na colheita e controle de pragas.
Também vale a pena investir em sistemas de gestão, permitindo melhores tomadas de decisão tanto no processo produtivo quanto econômico da lavoura.
---
Saiba mais sobre o único Software Agrícola completo do Brasil!
O CHBAGRO já atende 600 fazendas em todo país.
Se preferir, envie um e-mail para contato@chbagro.com.br ou ligue 16) 3713.0200.