De acordo com a Global Soil Forum, nos últimos 50 anos a quantidade de solo agricultável per capita reduziu em torno de 50% no mundo. Além disso, estudos da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) revelam que os problemas de solo afetam cerca de 33% das terras, apresentando um alto ou médio grau de degradação.
Com isso, podemos perceber a necessidade de voltar os olhos para esse recurso tão fundamental para o agronegócio. Afinal, o manejo do solo influencia diretamente toda a produtividade, qualidade e desempenho das lavouras.
Ao observar os motivos que levam a essa degradação, podemos classifica-los em 4 principais problemas de solo que atingem todo o mundo e exigem um bom manejo. Confira!
Quatro principais motivos que causam a degradação em terras agricultáveis
Os motivos a seguir lideram a lista de fatores de degradação mais comuns e prejudiciais no mundo relacionadas à problemas de solo:
1. Erosão
A erosão do solo é causada por vários fatores, tanto ambientais e naturais quanto humanos. O desmatamento, por exemplo, contribui fortemente para a desestruturação da terra, já que toda a cobertura verde é removida da área.
Sem as raízes penetradas e prontas para absorver a água da chuva, há o maior acúmulo e encharcamento do solo, interferindo também na consistência e causando instabilidade e erosão. Dentro da lista de problemas de solo, a erosão é a maior responsável pela perda de água, terra, matéria orgânica e nutrientes pela mobilidade.
2. Salinização
A salinização é um problema grave principalmente nas regiões áridas e semi-áridas que possuem um péssimo manejo da irrigação. Apesar das possibilidades de surgir naturalmente, são as ações do homem que intensificam e levam as terras a um quadro de infertilidade praticamente irreversível.
Em resumo, a salinização do solo acontece quando há o acúmulo de sais minerais – seja da água da chuva, do oceano ou da irrigação. Somado a uma péssima drenagem do solo, a água evapora enquanto os sais se acumulam e tornam a terra improdutiva em um curto espaço de tempo.
3. Compactação
O processo de compactação é a outra ponta do extremo da erosão. Enquanto a erosão representa um solo desestruturado e com alta mobilidade, a compactação é o adensamento de suas partículas.
Ou seja, o solo se torna rígido e perde toda a sua porosidade, impedindo o crescimento das raízes e diminuindo a penetração profunda da água e nutrientes. Além disso, o acúmulo de água na superfície inicia também o processo de erosão, unindo dois problemas de solo de uma só vez.
A compactação do solo é causada principalmente por pisoteio de pessoas e animais e pelo tráfego de máquinas agrícolas, como tratos e colheitadeiras. Adentrar a área quando a terra está molhada e a falta de boas práticas de manejo contribuem para que esse problema surja.
4. Poluição química
A poluição química pode ser causada por fatores como o mal uso de fertilizantes, herbicidas e inseticidas, que podem contaminar o solo e a água. Quando usados em excesso, os agroquímicos podem ser conduzidos pela água da chuva, adentrando mais profundamente o solo e até mesmo desaguando em córregos, rios e lagos.
No entanto, graças aos estudos que estão sempre evoluindo visando o desenvolvimento sustentável e a segurança alimentar, as novas fórmulas unem baixa toxicidade com alta tecnologia para evitar a lixiviação e mobilidade das moléculas. Portanto, a capacitação e orientação no uso desses produtos é fundamental para evitar problemas de solo!
Como evitar esses e outros problemas de solo
Para não sofrer prejuízos relacionados a degradação do solo, algumas medidas preventivas são necessárias para promover um uso sustentável e racional desse recurso. O manejo do solo deve ser adaptado a depender do clima, vegetação, região e situação atual da terra.
Além disso, outras estratégias também pode ser usadas de acordo com a capacidade produtiva de cada área. A seguir, listamos algumas dicas para diminuir os impactos e continuar desenvolvendo o seu negócio com eficiência:
Manejo do solo em caráter vegetativo
- Fazer o reflorestamento das áreas degradadas para a recuperação da área;
- Promover o uso racional de pastagens, com estratégias como a rotação;
- Promover o uso de plantas de cobertura, para proteção e recuperação da estrutura do solo;
- Plantar culturas em faixas, para garantir maior área de cobertura vegetal;
- Fazer consórcio de culturas, como plantio direto;
- Fazer cordões de vegetação permanente;
- Alternar as capinas;
- Usar quebra-ventos, que protegem as plantas e o solo.
Manejo do solo em caráter edáfico
- Fazer o manejo do solo de acordo com a capacidade produtiva do mesmo;
- Promover a preservação da vegetação natural;
- Fazer adubação verde/orgânica, que melhora e recupera a estrutura do solo;
- Evitar o uso excessivo da adubação química;
- Monitorar e controlar focos de incêndio;
- Fazer a calagem do solo.
Manejo do solo em caráter mecânico
- Analisar, planejar e distribuir de forma racional os caminhos na lavoura;
- Fazer sempre o preparo do solo antes de todo plantio;
- Fazer o plantio em contorno, respeitando as curvas de níveis;
- Fazer sulcos e camalhões em áreas de pastagens;
- Fazer canais escoadouros;
- Fazer canais divergentes;
- Facilitar o trânsito dos maquinários agrícolas, como inclinações suaves ao lado das culturas.
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