A soqueira da cana-de-açúcar é, naturalmente, menos produtiva do que a cana-planta. Dessa forma, é de extrema importância que se faça um bom manejo da cultura ainda no momento do plantio para que a rebrota na cana-soca seja a esperada.
Pelo fato de as soqueiras serem a rebrota da cana, a susceptibilidade às pragas e daninhas fica maior, porque a planta tem uma capacidade de produção menor. Com isso, a atenção deve ser redobrada para que os níveis de produtividade não caiam.
Existem diversas estratégias importantes que devem ser implementadas para evitar que pragas e daninhas se estabeleçam na soqueira da cana-de-açúcar. São aquelas advindas do manejo integrado de pragas (MIP) e do manejo integrado de plantas daninhas (MIPD).
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- Pragas e Daninhas na Soqueira da Cana-de-Açúcar
- 1. Pragas e Daninhas na Soqueira da Cana-de-Açúcar
- 2. Principais Pragas na Soqueira da Cana-de-Açúcar
- 2.1. Broca-da-cana - Diatraea saccharalis
- 2.2. Bicudo-da-cana - Sphenophorus levis
- 2.3. Broca-gigante - Telchin licus
- 2.4. Broca-dos-rizomas - Migdolus fryanus
- 2.5. Cigarrinha-das-raízes - Mahanarva fimbriolata
- 2.6. Cupins - Cornitermes cumulans, Neocapritermes spp., Syntermes dirus e Procornitermes triacifer
- 3. Principais Daninhas na Soqueira da Cana-de-Açúcar
- 4. Formas de Controle
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Pragas e Daninhas na Soqueira da Cana-de-Açúcar
São consideradas pragas e daninhas na cultura da cana-de-açúcar as espécies de artrópodes e de vegetais que interferem na atividade de cultivo ao longo da safra tanto econômica, como social e ambientalmente.
É importante lembrar que as pragas e daninhas não são todos os organismos que se encontram na área somente pela simples presença ali. É necessário que estejam em um nível populacional suficiente para causar algum dano.
Por isso, é muito importante que os produtores tenham conhecimento sobre o manejo integrado de pragas (MIP) e sobre o manejo integrado de plantas daninhas (MIPD).
Principais Pragas na Soqueira da Cana-de-Açúcar
Durante todo o cultivo da cana, tanto em cana-planta como em cana-soca, existem pragas que predominam e que devem ser muito bem manejadas para que o nível populacional não atinja níveis incontroláveis.
A diferença aqui é que, como a soqueira já está estabelecida na área há algum tempo, a susceptibilidade a certos ataques fica mais elevada. Sendo assim, é importante saber como as pragas agem nessa etapa do cultivo.
Broca-da-cana - Diatraea saccharalis
Considerada a praga-chave da cultura, a broca-da-cana pode ser encontrada em canaviais por todo o território brasileiro e causa danos em todas as fases de desenvolvimento.
Os danos podem ser diretos e indiretos.
Como danos diretos, causam abertura de colmos pelas lagartas, ocasionando morte das gemas, enraizamento aéreo e brotações laterais.
Indiretamente, facilita a entrada de patógenos que causam inversão da sacarose, redução da pureza e reduz a produção final.
Fonte: Koppert. Lagarta da broca-da-cana dentro do colmo.
Bicudo-da-cana - Sphenophorus levis
As larvas do bicudo-da-cana também têm o hábito de formar galerias nos colmos em desenvolvimento da cana e também do interior dos rizomas.
Conforme a praga ataca a cultura, ocorre uma queda grande de produtividade que afeta a longevidade das plantas.
A soqueira não consegue ter capacidade de rebrota após o segundo corte e é necessário que seja feita a destruição.
Larva de bicudo-da-cana.
Broca-gigante - Telchin licus
Embora cause maiores danos na região Nordeste do Brasil, a broca-gigante também pode causar sérios problemas nas regiões mais centrais do país.
Essa praga tem o hábito de se abrigar em partes mais profundas da touceira após o corte e, por isso, conseguem se manter por um bom tempo no canavial após a rebrota.
Fazem galerias no colmo e causam o “coração morto”.
Fonte: Embrapa. Larva da broca-gigante em colmo de cana.
Broca-dos-rizomas - Migdolus fryanus
Essa praga é um besouro que tem um ciclo de vida muito longo. Além disso, suas larvas atacam o sistema radicular, o que causa falhas nas soqueiras, conhecidas como reboleiras.
Em muitos casos, é necessário renovar o canavial devido ao ataque desse inseto e, principalmente, pelo fato de conseguirem atingir uma profundidade de 5 metros, o que dificulta seu controle durante a safra.
Fonte: Revista Cultivar. Larva da broca-dos-rizomas.
Cigarrinha-das-raízes - Mahanarva fimbriolata
Após a proibição das queimadas, houve a necessidade de adaptação para controle da cigarrinha-das-raízes, praga que consegue permanecer na cultura após os cortes.
Ficam nas bases dos colmos e se alimentam inserindo o aparelho bucal no tecido da planta.
Têm o hábito de fazer espumas para se protegerem e podem causar redução na produtividade das soqueiras.
Fonte: Esalq/USP. Ninfas de cigarrinha-das-raízes.
Cupins - Cornitermes cumulans, Neocapritermes spp., Syntermes dirus e Procornitermes triacifer
Por serem insetos sociais, os cupins se organizam a fim de conseguirem manter a população na área.
Com isso, causam falhas na brotação das soqueiras e consequente diminuição da longevidade do canavial.
Fonte: Revista Cultivar. Cupim em cana-de-açúcar.
Principais Daninhas na Soqueira da Cana-de-Açúcar
A cultura da cana sofre uma competição bastante intensa das plantas daninhas ao longo de toda a safra.
Se não forem bem manejadas, podem causar danos na produtividade da cultura por competirem igualmente por água, luz e nutrientes.
As principais daninhas se encontram na tabela abaixo:
Fonte: Adaptado de Esalq/USP.
Dentre todas as que estão na tabela, existem três tipos de plantas daninhas que têm uma frequência mais alta e são extremamente prejudiciais para o canavial nas soqueiras:
- Capim-marmelada (Brachiaria plantaginea);
- Capim-colchão (Digitaria horizontalis);
- Corda-de-viola (Ipomoea spp.).
Essas plantas daninhas prejudicam a longevidade do canavial, apresentam matocompetição muito agressiva, comprometem o rendimento operacional e ainda reduzem a qualidade do produto colhido.
É muito importante que, mesmo sabendo quais são as principais daninhas da cultura, o canavicultor sempre conheça a biologia das daninhas da região, a dinâmica das populações e os possíveis danos que podem ocasionar caso não sejam controladas.
Formas de Controle
Tanto para controle de pragas como de plantas daninhas é imprescindível que sejam adotadas estratégias de manejo.
O manejo se refere ao uso de diversos métodos como preventivos, culturais, biológicos e químicos.
Primeiramente, é importante que a fazenda tenha uma gestão adequada para que sejam feitos monitoramentos periódicos tanto de pragas como de daninhas.
Uma boa gestão para o manejo pode ser por meio de um software agrícola, como o que é oferecido pelo CHBAGRO, que garante um gerenciamento totalmente integrado.
Sabendo o que deve ser feito, o gestor vai direcionar cada etapa a ser realizada.
Manejo de Pragas e Daninhas na Soqueira da Cana-de-Açúcar
Após identificar corretamente quais as pragas e daninhas que podem causar danos na soqueira da cana de açúcar, é hora de fazer a tomada de decisão e identificar quais os métodos que melhor se adequam para a realidade da fazenda:
- Métodos preventivos;
- Métodos culturais;
- Métodos biológicos;
- Métodos varietais;
- Métodos mecânicos;
- Métodos químicos.
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Referências: Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis (CEISE Br), Socicana, Esalq USP e Embrapa.
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