Dentro do sistema produtivo podemos elencar diversos alvos biológicos, como pragas, fungos, bactérias e até mesmos as plantas daninhas, todos causando danos à produtividade. Por isso, a tecnologia de aplicação de defensivos garante sucesso produtivo devido sua efetividade no controle.
Dessa forma, neste artigo trago alguns fundamentos da tecnologia de aplicação para que possamos ser mais eficazes em nossas ações de combate à esses grandes vilões da produtividade.
Índice de Conteúdo (clique e vá direto ao assunto que procura)
- Melhores Práticas da Tecnologia de Aplicação para a Lavoura
- 1. Influenciadores de uma Eficiente Aplicação de Defensivos
- 2. Evitando Problemas na sua Aplicação
- 3. Tecnologia de Aplicação e Condições Climáticas
- 4. Tecnologia de Aplicação Associado à Gotas e Bicos
- Por que gerir e controlar sua aplicação
- Conclusão
- Falar com um analista CHBAGRO
Influenciadores de uma Eficiente Aplicação de Defensivos
A tecnologia de aplicação consiste na utilização dos conhecimentos científicos para direcionar o produto no alvo, em quantidade correta, no momento oportuno, de forma econômica e sem contaminação.

Para que essa premissa seja realizada existem alguns fatores os quais devem ser observados, dentre eles:
- Clima: Velocidade dos ventos inferior a 8Km/h, atentar-se a temperatura inferior a 30°C e umidade acima de 65°C;
- Solos: Tipo de palhada existente, textura e relevo;
- Princípio ativo (PA): Utilização do PA indicado ao patógeno e à cultura, na devida dosagem e aplicação de acordo com a indicada;
- Conhecer a cultura: Forma de desenvolvimento e crescimento;
- Entender o patógeno: Como é a forma e época de ataque, onde normalmente se localiza, qual o seu hábito;
- Veículo da mistura (produto inerte): Na maioria são líquidos, mas podem ser sólidos;
- Operador: Com devido treinamento e instruções; e,
- Máquina: Devem estar reguladas e com suas manutenções em dia.
Evitando Problemas na sua Aplicação
Como já mencionamos, a tecnologia de aplicação utiliza do conhecimento científico para maximizar a eficiência dos recursos, desta forma destaco alguns aspectos indesejáveis na aplicação.
Erro na Mira
O erro ao acertar o alvo (inseto, fungo, bactéria ou daninhas) é um dos fatores que não desejamos numa pulverização, por isso destacar onde devemos aplicar é o primeiro passo para obter máxima eficiência.
Volume da Calda Equivocado
Errar no volume da calda impede o contato com alvo, diminuindo a eficácia do controle. O volume da cauda deve ser baseado no tipo de alvo, no modo de ação do defensivo, no como será aplicado e na cobertura necessária.

Fonte: Adaptado de Scielo
Perdas Passíveis de Controle
As perdas são produtos que não atingem o alvo, elas podem ser as derivas (vento arrasta a gota), a suspensão no ar (evaporação do diluente), ou escorrimento.
Sabe-se que gotas de tamanhos inferiores a 100µm, aplicadas pressões de aplicação excessivas e velocidade altas de operação são situações que propiciam essa perda, por isso elencar um bico adequado para a pulverização também é uma boa estratégia.

Fonte: Adaptado de EMBRAPA
Vencendo a Tensão
Um dos principais veículos de mistura é a água, nela existe a tensão superficial (tendência em se manter em formato esférico), característica indesejável quando estamos pensando em molhamento e superfície de contato.
Por isso a utilização de adjuvantes é crucial em uma aplicação. Além disso a água evapora facilmente em condições de alta temperatura e baixa umidade, logo se atentem às condições climáticas.

Fonte: Mais Soja
Aplicação Desuniforme
A uniformidade da aplicação propicia maior contato com os alvos biológicos que queremos controlar, dessa maneira regular o equipamento, manter as manutenções, avaliar a vazão, velocidade de operação e uma adequada estratégia de caminhamento no campo são pontos para uma boa aplicação.
Além da distribuição espacial ainda temos que ter distribuição do produto em gotas que variem pouco o seu tamanho (menos amplitude relativa), propiciando uma cobertura mais uniforme.
Tecnologia de Aplicação e Condições Climáticas
Com foco em utilizar a tecnologia de aplicação a nosso favor, devemos nos atentar nas condições climáticas e suas interferências na aplicação, vejamos:
Temperatura: intimamente ligada à evaporação das gotas, é ideal que seja inferior a 30°C, pois acima disso induz às plantas a estresse e temperaturas inferiores a 10°C também não é recomendado pois pode prejudicar a absorção e/ou translocação do produto.
Umidade: também ligada à evaporação da gota e ainda pode influenciar na absorção do produto, devendo estar acima de 60%.
Vento: muito associado à deriva, esse é um grande influenciador do momento da aplicação. Recomenda-se aplicação com ventos leves até 8Km/h e não inferior a 3Km/h, pois neste cenário pode permitir a chamada suspensão (gostas finas ficam no ar e não entram em contato com o alvo).
Orvalho: consiste na formação de gotículas proveniente da queda de temperatura noturna. Esse excesso de umidade pode causar uma espécie de diluição do produto e/ou escorrimento, diminuindo a eficiência na aplicação.
Luminosidade: característica climática que pode degradar ou ativar um determinado produto, ou seja, conheça a característica do produto quanto à presença de luz.
Chuva: as aplicações não podem ser realizadas na presença desse fator climático, por isso atente-se à previsão do tempo no dia da aplicação e tenha ciência de quanto tempo (horas) o produto precisa para efetivar sua ação.
Tecnologia de Aplicação Associado à Gotas e Bicos
Gotas
As gotas são um importante atributo quando estamos trabalhando com tecnologia de aplicação, elas estão envolvidas com o sucesso ou o insucesso da aplicação.
Gotas muito finas podem sofrer o que chamamos de deriva, já as grossas podem acarretar o escorrimento. Além disso, devemos associar o tamanho da gota de acordo com o produto aplicado.

Fonte: Adaptado de EMBRAPA
As gotas podem ser:
- Muito fina (menores que 119 µm);
- Fina (entre 119 e 216 µm);
- Média (entre 217 e 353 µm);
- Grossa (entre 354 e 464 µm);
- Muito Grossa (acima de 464 µm).
Bicos
Os bicos são o final do sistema de um pulverizador, neles é que o produto sai na forma de jato.
Eles podem ser feitos de Cerâmica (K), Aço inox endurecido (H), Aço inoxidável (S), Polímero/Plástico (P) ou Latão (B), variando apenas em duração.
Neles ainda apresentam uma codificação numérica que representa o ângulo de aplicação e a vazão (galão/min).
Geralmente os bicos podem ser classificados de acordo com o jato que emitem, podendo ser nomeados como cone cheio, cone vazio e leque.

Fonte: Adaptado de Scielo
Dentro dos tipos leque, existem alguns modelos que variam em formato de gotas, ângulo de aplicação, tecnologia antideriva (inclusão de ar) e outras características, sendo: leque de uso ampliado, leque de baixa deriva, leque duplo, leque de grande ângulo, leque de impacto e leque com indução de ar.
Por que gerir e controlar sua aplicação
A integralização de toda a sua fazenda facilita a gestão e diminui os gargalos produtivos, não é mesmo?
Quando estamos lidando com tecnologia de aplicação isso não é diferente, saber o quanto aquela operação gastou em cada fazenda e/ou talhão auxilia na gestão.
Por exemplo, o software CHBAGRO permite que ao lançar uma nota fiscal de compra automaticamente, o sistema gera uma despesa no módulo financeiro e adiciona o insumo no estoque, facilitando as aplicações no momento adequado.
Esse software é baseado em diversas realidade de fazendas e em inúmeros programas, o que proporciona uma gestão integrada de toda a fazenda para o produtor rural.

Conclusão
Utilizar de tecnologia da aplicação em sua propriedade sem dúvida resultará ganhos produtivos.
Mas vimos que para uma aplicação surgir efeito é importante que atinja o alvo biológico, por isso se atentem aos fatores que podem afetar esse direcionamento.
Por fim, demonstramos que fazer a gerência da sua propriedade é um dos pilares para a aplicação em tempo oportuno e controle satisfatório.
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