O aumento da utilização de insumos biológicos têm promovido o avanço da agricultura sustentável em diversos países mundialmente.
Inserido neste contexto, o Brasil figura como líder mundial na utilização de bioinsumos na cultura da soja, apresentando forte tendência de crescimento da produção agrícola em níveis superiores aos projetados para o mundo.
De acordo com o Programa Nacional de Bioinsumos, a categoria de insumos biológicos é bem ampla e envolve produtos relacionados à nutrição e promoção de crescimento vegetal (inoculantes, biofertilizantes e bioestimulantes), bem como produtos biológicos destinados ao controle de pragas, doenças e plantas daninhas (defensivos biológicos).
Estes bioprodutos são de origem animal, vegetal ou microbiana e interferem positivamente no desenvolvimento agropecuário.

E no cenário do Brasil atual, como estes insumos biológicos vêm sendo utilizados pelo produtor de soja? É o que vamos conferir abaixo.
Índice de Conteúdo (clique e vá direto ao assunto que procura)
- 1. Mercado e Perspectivas dos Insumos Biológicos no Brasil
- 2. Desafios na Utilização do Bioinsumos
- Conclusão
- Falar com um analista CHBAGRO
Mercado e Perspectivas dos Insumos Biológicos no Brasil
De acordo com dados da Conab, a área cultivada pela soja na safra 2021/2022 é de aproximadamente 41,4 milhões de hectares, representando um aumento de 4,9% em relação à safra anterior.
Para manter a excelência da produção agrícola, os produtores de soja buscam constantemente alternativas que incrementem a produtividade a cada safra, adotando o uso de produtos biológicos para a promoção de crescimento de plantas, manejo de pragas, controle de doenças e de plantas invasoras.
Atualmente, o Brasil é referência mundial na utilização de defensivos agrícolas biológicos, com cerca de 69 novos bioprodutos registrados apenas no ano de 2022 (MAPA, 2022).
Com o novo plano safra focado em práticas sustentáveis, estima-se que este mercado cresça ainda mais nos próximos anos, devido aos fatores relacionados às questões regulatórias, de mercado e de manejo das culturas.
Estima-se que o mercado global de biológicos para agricultura movimentou US$9,9 bilhões em 2020, sendo os produtos biológicos de controle responsáveis por US$5,2 bilhões (IHS Markit, 2021).
Promotores de Crescimento de Plantas
Nesta categoria, os insumos biológicos englobam os inoculantes (biofertilizantes) e bioestimulantes.
Os inoculantes são substâncias que contêm micro-organismos que favorecem o desenvolvimento das plantas, através da fixação biológica de nitrogênio (FBN), mobilização de fósforo (P) e potássio (K) no solo.
Já os bioestimulantes são substâncias a base de aminoácidos, extratos vegetais e micro-organismos utilizadas como fertilizantes foliares, que melhoram a tolerância das plantas a estresses abióticos e garantem maior eficiência na absorção de nutrientes.
Os inoculantes fixadores de nitrogênio representam cerca de 80% do mercado brasileiro, seguido pelos solubilizadores de fósforo (15%), enquanto os outros inoculantes promotores de crescimento representam cerca de 5% (Soumare, 2020).
Na safra 2020/2021, o mercado de inoculantes apresentou um crescimento de 37% em comparação com a safra anterior. Em 2020, a Associação Nacional de Produtores e Importadores de Inoculantes (ANPII), registrou que 87,5% do total de inoculantes utilizados no país correspondiam à sojicultura.

Segundo dados da Embrapa Soja, o Brasil produz mais de 75 milhões de doses de inoculantes e o uso destes representa cerca de 85% da área produtiva em soja.
No ano de 2020, a utilização dos bioinoculantes propiciou a diminuição do uso de fertilizantes nitrogenados em cerca de 37 milhões de hectares de soja cultivada.
A coinoculação da soja com estirpes de Bradyrhizobium sp. e Azospirillum brasilense, pode gerar um incremento de até 6,6% no rendimento de grãos (EMBRAPA, 2022), trazendo benefícios para o produtor.
Agentes Biológicos de Controle no Cultivo de Soja
Os agentes biológicos de controle são o grupo mais expressivo dos bioinsumos utilizados, devido à disseminação do manejo integrado de pragas para o controle biológico em diversas culturas.
Entre as grandes culturas do Brasil, a soja é a que apresenta maior aceitação dos produtores rurais para a utilização dos bioprodutos, onde cerca de 27% destes utilizam bioinsumos de controle em suas lavouras.
Em agosto de 2022, o número de produtos biológicos de controle registrados junto ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, ultrapassou a marca de 550. Destes, 51% respondem aos bioinseticidas, seguidos de biofungicidas (17%) e bionematicidas (14%).
Desafios na Utilização de Bioinsumos
Embora o uso de insumos biológicos apresente diversas vantagens para o produtor e para a agricultura sustentável, a produção de bioinsumos em escala industrial ainda é uma limitação a ser superada.
Além disso, em cultivos em larga escala, a utilização de um único bioinsumo não é suficiente para suprir todas as necessidades da cultura em que é aplicado, necessitando ser utilizado em conjunto com insumos químicos. Para isso, os insumos biológicos e químicos precisam ter compatibilidade.
Outra coisa que os produtores precisam levar em consideração são os custos agrícolas de produção, para a tomada de decisão é necessário um planejamento detalhado de todas as etapas que envolvem o cultivo da soja em determinada propriedade.
O produtor de soja pode ter um melhor aproveitamento da utilização de bioinsumos se puder contar com um sistema de gestão agrícola específico para fazendas, que integre diversas ferramentas e apresente uma solução única para o produtor.
Para isso, o produtor pode contar com o CHBAGRO, um software completo, que atende as demandas de produtores rurais de todos os portes, permitindo uma gestão eficiente da produção.

Conclusão
O potencial aumento do uso de bioinsumos na agricultura brasileira apresenta uma alternativa para a redução da utilização de fertilizantes minerais e defensivos químicos em larga escala, possibilitando ao produtor uma economia com estes insumos.
Contudo, cabe salientar que a avaliação de um profissional capacitado é essencial para a gestão financeira das fazendas, a fim de verificar se a utilização de bioinsumos em larga escala é de fato vantajosa para o agronegócio.
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