O controle dos custos de produção é um dos temas mais relevantes para a gestão agrícola. E como todo gestor de ativos sabe, o preço do combustível é um dos centros de custos que mais dá trabalho.
Atualmente, a estimativa da proporção de participação do custo do combustível nas operações rurais gira em torno de 16 a 45%. Por suas características, é considerado um custo variável, já que o consumo de combustível depende de fatores como a potência do motor, o tipo do terreno, condições climáticas, entre outros.
Nesse contexto, o papel da gestão das operações é bastante destacado. Com o devido planejamento, apesar de não ser possível controlar tudo, o gestor da frota rural conseguirá tomar decisões melhores.
Veja no post a seguir como fazer uma gestão agrícola de modo a reduzir custos em toda a frota.
O que é a gestão agrícola aplicada à gestão de bens de capital
Como já falamos por aqui, a Administração Rural ocupa-se dos seguintes meios de produção agrícola:
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Terra
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Trabalho
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Capital
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Negócios
No caso dos tratores e outros veículos, eles são bens de capital. Neste caso, há todo um gerenciamento específico para esse tipo de ativo. São necessários cálculos específicos, tais como os de depreciação contábil e depreciação de bens usados, para que a gestão possa ser realizada.
Quais são elementos básicos na Gestão da Estratégica de Ativos
De modo geral, os quatro principais objetivos da gestão de ativos são:
1) Assegurar que a produção não pare;
2) Evitar acidentes de trabalho por mau funcionamento;
3) Garantir a vida útil do equipamento ao máximo
4) Planejar a aquisição de novos equipamentos no momento apropriado.
Em outras palavras, a gestão de veículos e frotas agrícolas deve verificar o grau de confiabilidade do ativo. Para isso, precisa identificar os equipamentos que estão gerando mais problemas, assim como as máquinas mais críticas para o processo produtivo.
Dessa forma, a gestão agrícola aplicada aos bens de capital - ou ativos - deve incluir pelo menos os seguintes controles sistemáticos:
- Monitoramento das Condições do Bem de Capital: como o nome sugere, para garantir tanto a segurança do bem quanto sua funcionalidade, é indispensável que seja realizado o monitoramento de suas condições de operação.
- Planejamento e Programação da Manutenção: apesar de não ser especificamente uma área da gestão agrícola, a manutenção como um todo deve ser incluída na gestão de ativos rurais. Sem dúvidas, a manutenção é um dos centros de custo da gestão de ativos, e é indispensável. Portanto, ela deve ser planejada e executada com atenção, tanto porque ajuda a manter o preço de revenda do ativo posteriormente quanto por assegurar as plenas condições de uso. Com isso, evitam-se paradas não planejadas e interrupções na produção, além de evitarem-se riscos de acidentes de trabalho.
Para um melhor controle da situação da frota agrícola, o melhor é utilizar algum software de gestão de ativos. Quer seja em uma planilha ou em um aplicativo específico, é importantíssimo criar um sistema de gestão que permita a visualização rápida e clara da situação da frota.
Que fatores mais influenciam nos custos com veículos e frotas agrícolas
Para fazer esses cálculos, o gestor deve conhecer detalhadamente o equipamento e a frota que gerencia. Entre os itens que devem ser analisados podemos citar
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Eficiência energética;
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Preço de aquisição;
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Manobrabilidade;
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Tempo de uso;
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Manutenção;
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Potência;
A economia de combustível em tratores agrícolas está associada à eficiência com que a máquina é conduzida. Nesse sentido, os elementos que irão impactar na economia de combustível referem-se a diferentes arranjos do equipamento no momento da execução da operação.
O combustível é um custo variável de difícil previsão, pois seu consumo depende de vários fatores, tais como:
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Fator de carga, que é uma relação entre a potência necessária para a realização da tarefa e a potência máxima do trator;
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Tipo de operação realizada;
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Potência gasta na operação;
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Tipo de cultivo;
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Ergonomia.
O custo, por sua vez, é calculado em função da potência do motor, do preço e do consumo de combustível. Em geral, a tendência é que o consumo seja menor quanto maior a potência utilizada. Isto é, a economia de combustível costuma ser maior quanto maior a carga no motor.
Esta regra, no entanto, pode se alterar conforme a tecnologia do motor e de acordo com o manejo do trator. Alguns estudos comprovaram que uma combinação entre o Modo Marcha Longa – Aceleração reduzida pode trazer economia de quase 30% no consumo de óleo Diesel, visto que esta forma de condução gasta menos energia.
As regras para a mecanização agrícola variam conforme o tipo de cultivo a ser implantado. No caso de canaviais, por exemplo, o planejamento da mecanização deve levar em conta elementos como declividade e tamanho dos talhões. Neste caso, áreas de maior comprimento oferecem melhor capacidade operacional.
Isto ocorre porque, em uma área maior, menos manobras serão necessárias, o que resulta em mais tempo efetivo de trabalho. É importante considerar a colheita no momento da implantação do plantio, pois a qualidade do plantio impacta diretamente na qualidade da colheita.
Por outro lado, a mecanização requer planejamento, pois cada etapa do cultivo tem detalhes operacionais diferenciados. Ou seja, o preparo do solo requer operações e implementos diferentes da etapa de plantio, por exemplo. Dessa forma, a gestão agrícola impacta diretamente na economia de combustível em tratores agrícolas.
Além desses fatores, o aspecto da ergonomia do trator deve ser levado em conta. Operador cansado ou com dor certamente irá reduzir a capacidade de atenção durante o trabalho, o que pode prejudicar o consumo de combustível em campo.
Assim, a gestão agrícola influencia diretamente na utilização correta das máquinas. Isso porque contribui para seu uso eficiente, impactando diretamente no custo operacional da fazenda.
Portanto, a gestão agrícola é essencial para assegurar a redução de custos na gestão de ativos rurais. Para isso a economia de combustíveis em tratores agrícolas está associada a fatores variáveis, tais como tipo de cultivo, tipo de operação, ergonomia, potência utilizada na operação e fator de carga. Dessa maneira, as decisões de manejo e o tipo de máquina utilizada são indispensáveis ao sucesso da operação.
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