Nos últimos tempos temos visto uma busca crescente por controle biológico, já que problemas com pragas, incluindo doenças de plantas e problemas com plantas infestantes em geral, tem tido aumento expressivo.
Sabemos que o controle químico ainda é a principal estratégia de controle, mas o controle biológico vem como ferramenta para a redução do uso dos agrotóxicos.
Desta maneira, hoje trago algumas definições e aplicações na utilização do controle biológico em propriedades agrícolas.
Índice de Conteúdo (clique e vá direto ao assunto que procura)
- Controle Biológico: O que é, Benefícios e Como Aplicar
- 1. O que é o Controle Biológico
- 2. Controle Biológico de Pragas
- 3. Controle Biológico de Doenças
- 4. Mecanismos de Biocontrole
- 5. Controle Biológico de Plantas Daninhas
- Conclusão
- Falar com um analista CHBAGRO
O que é o Controle Biológico
O controle biológico consiste na redução de populações de organismos indesejáveis que ocorrem nos agroecossistemas com o auxílio de inimigos naturais.
Os inimigos naturais podem ser predadores, parasitoides, parasitas, herbívoros, competidores e patógenos (microrganismos-bactérias, fungos, vírus e nematoides), os quais mantém sob controle qualquer população com potencial nocivo à atividade humana agrícola.

Fonte: Adaptado de CropLife Brasil
Controle Biológico de Pragas
Uma das estratégias do Manejo Integrado de Pragas (MIP), esse vem ganhando espaço devido sua eficiência e sustentabilidade.
Nós já apresentamos sobre esse tema em um artigo que você pode conferir clicando aqui, onde é explicado detalhadamente os princípios e fundamentos.
Controle Biológico de Doenças
Devido ao fato dos nossos cultivos serem no geral monocultivos, isso estimula a disseminação de doenças.
Com a utilização de defensivos sucessivamente isso ainda propicia a seleção de determinados genes e o predomínio de populações de fitopatogênicas resistentes aos fungicidas químicos.
Por isso, vem crescendo a utilização do controle biológico com o intuito de restituir o equilíbrio biológico, não extinguindo totalmente o agente danoso, mas conferindo uma população que traga apenas perdas agrícolas tratadas como "aceitáveis".
Entre os agentes de controle biológico de doenças estão os microrganismos de vida livre (saprofíticos), os colonizadores de superfícies vegetais e hiperparasitas (fungos que colonizam fungos fitopatogênicos) e os colonizadores de tecidos internos das plantas (endofíticos).
Segundo Cook (1982), o controle biológico de doenças pode ser adquirido quando:
- Redução da população do patógeno: antagonistas destroem ou reduzem a agressividade e vigor dos patógenos;
- Proteção da superfície da planta: microrganismos funcionam como barreiras, por meio de ação competitiva, antibiótica ou parasítica;
- Estímulo de resistência ao patógeno ou ocupação de sítios de infecção com agentes não patogênicos.

Mecanismos de Biocontrole
A forma de atuação dos agentes de biocontrole podem ser direta ou indireta ao patógeno.
O contato com o fitopatógeno pode ser físico (interação direta ou antagonismo direto) ou envolver a síntese de compostos antimicrobianos (enzimas hidrolíticas e antibióticos), assim como a competição por espaço físico, água, luz e nutrientes.
A interação indireta pode vir como resultado da resistência induzida na planta hospedeira ou da suplementação da matéria orgânica no solo para aumentar a atividade antagonista contra o patógeno.
Agora destaco os principais mecanismos de controle:
- Competição: quando dois ou mais organismos disputam pelo mesmo recurso (água, nutriente, luz, espaço);
- Micoparasitismos: são hiperparasitas necrotróficos que destroem o conteúdo interno do hospedeiro, nutrindo-se da matéria orgânica morta;
- Antibiose: associação entre dois organismos com prejuízos ao menos para um dos dois em razão da produção de compostos antimicrobianos (metabólitos secundários);
- Indução de resistência de planta: consiste na resposta das plantas contra agressões aos ataques de patógenos, infestações de insetos ou qualquer tipo de estresse. Pode ser induzido por patógenos e bactérias promotoras de crescimento de plantas, lesões físicas ou quaisquer indutores químicos;
- Promoção de crescimento de planta: utilização de microrganismos para promover o crescimento da planta, aumentando a atuação dos reguladores de crescimento (auxinas, citocininas, giberelinas e etileno) e, assim, a absorção, resultando no aumento do crescimento.

Controle Biológico de Plantas Daninhas
Já é sabido a grande problemática que é ter plantas daninhas em sua plantação, reduzindo a produtividade, aumentando os gastos para beneficiamento, diminuição de rendimento de máquinas e outras ações negativas.
Por isso, hoje trago as principais estratégias para o controle biológico das daninhas dentro da sua propriedade.
Controle Biológico Clássico
Esse tipo de controle consiste na introdução de agentes controladores associado à determinada planta alvo (analisando o centro de origem).
De forma geral, essa estratégia é utilizada com plantas daninhas exóticas, as quais serão controladas por agentes também exóticos.
Identificar a planta alvo e caracterizar os riscos desse agente controlador são cruciais para o sucesso dessa estratégia.
Ocorre a introdução seguida de alguns ciclos reprodutivos esperando o aumento da densidade do agente de biocontrole, acarretando na redução da planta alvo, até chegar o equilíbrio ecológico.
Controle Biológico Inundativo
Também conhecido como bio-herbicida, são feitas multiplicações massais de microrganismos (de preferência fungos e bactérias), os quais são selecionados de acordo com a planta alvo que se deseja controlar.
Em seguida são feitas formulações que são aplicadas semelhantemente a um herbicida, para que aja atuação sobre as plantas daninhas desejadas.
Nesse tipo de controle biológico de daninhas a resposta é mais rápida.
Controle Biológico Aumentativo
Diferente do anterior que ocorre uma aplicação de inundação, nesse ocorrem aplicações periódicas.
Tem-se utilizado insetos fitófagos e fungos fitopatogênicos aplicados em parte da área onde se deseja o controle.
O controle aumentativo ainda é pouco utilizado mundialmente.
Conclusão
Hoje vimos que o controle biológico é uma estratégia que vem aumentando pelo fato do seu poder sustentável e até mesmo pela sua efetividade.
Vimos que, assim como os insetos, as doenças e as plantas daninhas também podem ser controladas biologicamente.
É lógico que para que tudo dê certo no seu controle biológico é importante o conhecimento a fundo da sua propriedade e isso só é possível com uma boa gestão.
Para auxiliar nessa parte existem softwares como o CHBAGRO, pois foi baseado em inúmeras propriedades às quais vem apresentando resultados produtivos graças à gestão bem realizada.

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