A gestão de uma fazenda requer um planejamento antecipado para que o custo agrícola por operação, fazenda e talhão estejam dentro do orçamento, auxiliando também em um controle de pragas mais eficiente e econômico.
Sabemos que as pragas agrícolas são recorrentes nas culturas e, por isso, é necessário dar um grande atenção à elas. Caso contrário, colocamos todo o processo produtivo em risco.
Mas, você deve estar se perguntando: como vou saber o que planejar se as pragas são parte de um processo dinâmico?
Podemos responder à essa pergunta de diversas formas. Porém, quando se quer aliar um manejo feito de forma correta e a gestão integrada do processo produtivo é necessário saber alguns pontos essenciais.
Quer entender melhor sobre o que estou falando? Continue lendo este artigo.
Índice de Conteúdo (clique e vá direto ao assunto que procura)
- 1. Gestão da Fazenda e Controle de Pragas
- 2. Então, Como a Gestão Planeja a Safra Pensando Nesses Pontos Citados?
- 3. Manejo Integrado de Pragas (MIP)
- 4. Planejamento da Safra e o Uso do MIP
- Conclusão
- Falar com um analista CHBAGRO
Gestão da Fazenda e Controle de Pragas
Uma boa gestão é aquela que tem conhecimento de todos os processos que envolvem a produção da lavoura direta ou indiretamente.
Quando se sabe quais serão os custos diretos com insumos, operação mecanizada e mão de obra, a fazenda fica com uma segurança ampliada.
Mas é importante que você saiba que não existe um padrão que deve ser adotado em todas as fazendas. Isso se deve ao fato de que em cada safra e em cada fazenda ocorrerão diversos eventos que devem ser tratados de maneira singular.
Um desses eventos é o controle de pragas.
Não é novidade para ninguém que as pragas são uma realidade constante na fitossanidade de uma fazenda.
Mas o que na maioria das vezes acontece é um planejamento calendarizado para controle das principais pragas que acometem as culturas.
Isso é um problema porque, de certa forma, ocorrem gastos desnecessários e, a longo prazo, as pragas que antes não eram tão frequentes, passam a ser.
O que ocorre com frequência é um uso irracional de defensivos químicos sem uma real necessidade, apenas pelo fato de haver a presença da praga ou por ser uma ação programada no planejamento de gestão.
O ponto aqui é, se não existe um nível mínimo para o controle populacional da praga, não há uma demanda para uso de insumos como os defensivos.
Então, Como a Gestão Planeja a Safra Pensando Nesses Pontos Citados?
Embora seja muito importante fazer uma previsão das compras que serão efetuadas ao longo da safra, as tomadas de decisão com relação às pragas só devem ser feitas quando houver a detecção das mesmas na área.
O ideal é que, pela previsibilidade e histórico da área, se tenha uma percepção das ações necessárias ao longo do tempo para se conseguir o controle de pragas que, supostamente, irão causar danos econômicos caso permaneçam na lavoura.
Um aliado muito importante do produtor deve ser o Manejo Integrado de Pragas (MIP).
Com o MIP, é possível ajustar o planejamento da gestão com um bom controle de pragas sem que ocorra uso irracional de pesticidas ou uma falta de planejamento com os insumos adequados.
Manejo Integrado de Pragas (MIP)
O MIP é um manejo que visa o uso de vários métodos para controlar a população de pragas que causam danos econômicos nas culturas.
Os insumos agrícolas, como os defensivos químicos, também são bem-vindos nesse tipo de estratégia. Porém, não são os protagonistas.
Uma boa gestão deve visar o controle de pragas com diversos métodos que não somente o uso de defensivos agrícolas. Esses métodos são:
- Controle cultural;
- Controle comportamental;
- Controle biológico;
- Controle varietal;
- Controle genético;
- Controle químico.
E esses controles devem estar alicerçados em:
- Identificação da praga;
- Monitoramento;
- Níveis de controle;
- Condições ambientais.
Dessa maneira, temos uma estrutura firme que vai das sustentabilidade ao processo produtivo, sem que ocorram usos inadequados de insumos.
Essa estrutura é chamada de “casa do MIP”:
Quando o gestor da fazenda aplica esse conhecimento ao planejamento de safra, os resultados são muito satisfatórios.
Nos últimos anos, temos visto notícias de produtores rurais que melhoraram o retorno financeiro da fazenda por aliar a gestão com os métodos do MIP.
Fonte: Canal Rural
Fonte: Blog da Embrapa Soja
Uma boa gestão visa melhorar a produtividade da lavoura e o produtor ainda pode reduzir os gastos com insumos.
Além disso, a longo prazo, as pragas que antes eram tidas como severas, não causam grandes distúrbios.
Isso acontece porque as moléculas de pesticidas utilizadas não correm o risco de sofrer pressão de seleção, que é quando as pragas se tornam resistentes à determinados tipos de defensivos, favorecendo a sobrevivência de indivíduos portadores de genótipos resistentes.
Um outro ponto que deve ser observado pelos gestores, além do uso racional de defensivos químicos, é a inserção de bioinsumos por serem tecnologias mais sustentáveis e por auxiliarem muito bem o produtor.
Nos últimos anos, o mercado de bioinsumos cresceu exponencialmente e a tendência é que cresça mais de 70% nos próximos anos.
Fonte: Canal Rural
Fonte: Revista Cultivar
Fonte: Notícias Agrícolas
Aliar a gestão da fazenda com novas tecnologias e métodos de controle de pragas é essencial para manter uma alta produtividade.
O MIP já é uma realidade, todavia muitos produtores que não se atentam a isso por manterem métodos tradicionais em suas lavouras.
O que deve ser considerado aqui não são apenas questões sociais, mas também econômicas e ecológicas.
Tanto a curto como a longo prazo, os pontos aqui abordados trarão muitos benefícios ao produtor.
Planejamento da Safra e o Uso do MIP
O planejamento da safra com todas as definições de processos que serão implementados ao longo do tempo devem ser feitos com antecedência.
O gestor que optar por implementar o MIP deverá elencar todas as possíveis pragas que poderão acometer a cultura naquela época com base no histórico da área.
Por ser muito dinâmico, o MIP deve ser adotado de acordo com o monitoramento de pragas da área ao longo do cultivo.
Quando se tem o controle de pragas que poderão causar danos, a gestão fica mais assertiva e não corre risco de usar insumos sem a devida necessidade.
Conclusão
Uma boa gestão vai auxiliar, e muito, o controle de pragas agrícolas de uma cultura.
Mas essa gestão não deve focar em controle calendarizado, porque pode prejudicar a lavoura a curto e a médio prazo.
O ideal é que uma gestão da fazenda se atente aos métodos do Manejo Integrado de Pragas (MIP) para que sejam tomadas as melhores decisões de acordo com os níveis populacionais das pragas.
E para que isso seja possível, ao planejar a safra, a gestão deve levar em conta o histórico da área, monitoramento constante das espécies e a diversidade de métodos possíveis e disponíveis no mercado.
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