O setor cafeeiro é uma das atividades mais representativas para o agronegócio nacional, com grande relevância do ponto de vista produtivo, social e econômico nas regiões onde está instalada.
Nesse sentido, a colheita e a pós-colheita são etapas que representam a maior parte do custo de produção da lavoura cafeeira, sendo também as etapas em que o produtor obtém o retorno dos investimentos que foram feitos ao longo do ano e ajudam na manutenção da qualidade do café, que será beneficiado posteriormente.
Assim, todo cafeicultor, ciente da importância das operações de pós-colheita do setor cafeeiro, deve realizar um planejamento prévio, mensurando a produção esperada, o dimensionamento dos equipamentos e a estrutura de pós-colheita necessária para o processamento da safra.
Dessa forma, veja 4 das principais medidas para melhorar as operações de pós-colheita do setor cafeeiro e saiba qual é o impacto que uma boa gestão terá sobre a qualidade do café.
1. Antes de colher, conheça sua lavoura e defina o tipo de colheita
O café é um fruto que apresenta basicamente duas variedades, conhecidas como café arábica e café robusta.
É considerado também uma planta que apresenta diferentes estágios de maturação de frutos, em função de variados fatores, como a ocorrência de florações em datas distintas, o posicionamento da lavoura em relação ao sol, o clima regional, entre outros.
Em razão disso, no período de colheita, o cafeeiro irá possuir frutos verdes, frutos maduros – também conhecidos como cerejas – e frutos secos – também conhecidos como boias.
Além disso, o tipo de colheita é outra tomada de decisão importante no setor cafeeiro. Existem basicamente 2 tipos de colheitas:
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Colheita plena:
Caracterizada pela derriça total dos frutos da lavoura, colhendo todos os grãos, mesmo que estejam em diferentes estágios de maturação, de uma única vez e encaminhando-os para a estrutura de pós-colheita.
Atualmente, no Brasil, a maioria dos produtores realiza a colheita plena do café, principalmente em razão do menor custo, porém a qualidade pode ser comprometida.
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Colheita seletiva:
Neste método, somente os frutos cereja são retirados e a colheita deve ser repetida toda vez em que houver a existência destes na planta.
É um processo mais oneroso, porém, proporciona uma bebida de melhor qualidade, que pode remunerar melhor o produtor.
A colheita seletiva deve ser adotada para retirar maior porcentagem de frutos cereja da planta.
Ela pode ser feita manualmente ou por meio de máquinas reguladas para tal operação várias vezes durante o período de colheita.
2. Mantenha a mesma eficiência na pós-colheita do cafeeiro
Nada adiantará priorizar todas as etapas do sistema de produção do setor cafeeiro, do plantio à colheita, se a pós-colheita não seguir a mesma eficiência, portanto mantenha a prioridade e tenha uma pós-colheita tão eficiente quanto.
A pós-colheita é a etapa que consiste no processamento dos frutos de café colhidos na lavoura. Pode ser feita de diversas maneiras, porém todas requerem muitos cuidados, principalmente porque ocorrem grandes transformações físicas, fisiológicas e bioquímicas nos grãos de café.
Dessa forma, alguns cuidados básicos precisam ser considerados para uma pós-colheita mais eficiente do cafeeiro:
- Após a colheita, não é recomendado que os cafés fiquem por mais de 6 horas amontoados;
- Priorize a limpeza prévia dos equipamentos, sendo essa uma prática essencial para evitar contaminações;
- Se tiver uma área pequena a colheita a dedo pode ser adotada, colhendo apenas os frutos maduros por vez. Porém, para áreas maiores isso é inviável, assim recomenda-se a colheita mecanizada, que tem contribuído para ganhos em produtividade e qualidade de café em áreas maiores.
Dessa forma, para conquistar a máxima eficiência do sistema de produção uma eficiente gestão de operações de pós-colheita no setor cafeeiro torna-se mais do que essencial, pois além de aumentar a produtividade, contribuir com a produção de grãos de café com maior qualidade.
3. Adote boas práticas de pós-colheita
No setor cafeeiro, as boas práticas agrícolas e de gestão são estratégias que acompanham todas as operações de manejo do café.
Quando acompanhadas de perto pelo produtor elas proporcionam um bom plantio, boa floração e formação de frutos, além de possibilitarem uma boa colheita.
Mas, as boas práticas merecem atenção ainda mais redobrada nas operações de pós-colheita do café, pois influenciam diretamente na obtenção de grãos de café de maior qualidade sensorial (aroma, doçura, sabor, acidez e corpo), contribuindo para reduzir a ocorrência dos defeitos intrínsecos e extrínsecos do café.
Tais práticas devem ser realizadas imediatamente após a colheita dos frutos, que no Brasil ocorre entre abril e setembro e englobam basicamente o preparo e processamento dos frutos, além da secagem dos grãos.
Inicialmente, na fase de preparo e processamento, o café recém-colhido deve ser limpo (abanado) para a remoção de impurezas e matérias estranhas (folhas, ramos, terra, paus e pedras).
Após isso, ainda no mesmo dia, é recomendado que o café seja submetido ao processo de lavagem e separação, retirando impurezas remanescentes e separando os frutos em dois grupos:
- Cereja e verdoengos (de maior qualidade);
- “Boias”, grãos que estão nos estágios passa e seco, ou danificados.
Na sequência, na etapa de lavagem e separação, podem ser adotadas operações que caracterizam o processamento por via seca ou por via úmida.
- Processamento por via seca: Os frutos separados por lotes são encaminhados diretamente para a fase de secagem, no qual são secos integralmente e dão origem aos cafés em coco ou natural.
- Processo por via úmida: lotes com predominância de frutos cerejas passam pelas operações de despolpamento, fermentação e remoção da mucilagem, destinados, posteriormente, à fase de secagem.
Após isso, vem a etapa da secagem que consiste na remoção da parte da água desses cafés para que eles possuam condições adequadas para beneficiamento, armazenagem e comercialização.
4. Tenha um bom software de gestão das operações da pós-colheita do cafeeiro
Uma boa colheita e pós-colheita do cafeeiro depende de muitas variáveis que precisam ser planejadas de forma contínua, desde o plantio até o beneficiamento do café.
Por isso, a cafeicultura deve ser conduzida como uma atividade empresarial, levando-se em consideração os princípios fundamentais de aumento de produtividade, redução dos custos e melhoria da qualidade.
Neste cenário, contar com o apoio de tecnologias para o gerenciamento do setor cafeeiro pode proporcionar menores custos, maior produtividade e, principalmente, produtos com alta qualidade que resultarão em uma bebida com as variáveis sensoriais e físico-químicas desejadas por clientes.
O resultado de uma boa gestão com uso de tecnologia estará relacionado ao melhor uso das máquinas e maior condução das operações agrícolas, com um controle de processos muito mais efetivo.
Para isso, contar com um sistema de gestão do setor cafeeiro é fundamental.
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